PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ANUAL: COMO FAZÊ-LO EM PEQUENOS VAREJOS?
Gestão do Varejo
Toda empresa do ramo de varejo precisa de um planejamento estratégico anual. Traçando-o, é possível saber exatamente em qual estágio o negócio está, quais as metas a serem atingidas e o que precisa ser feito para que venham os resultados esperados.
Quando pensamos em pequenos empreendimentos, essa solução torna-se ainda mais importante, pois, geralmente, são empresas mais vulneráveis a oscilações e perdas. Tais situações são ocasionadas, muitas vezes, pela não existência de um acompanhamento e de um controle apurado do que acontece.
Por isso, o empresário que está à frente de negócios de pequeno porte tem de ficar atento a como elaborar e fazer uso do planejamento estratégico, obtendo sucesso, participação efetiva e competitividade no mercado em que atua. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o planejamento estratégico?
O planejamento estratégico anual nada mais é do que um conjunto de definições que vão apontar:
- o que é a sua empresa;
- em que ambiente ela atua;
- quais são suas potencialidades, além dos pontos a serem melhorados;
- quais objetivos ela deve e pode alcançar.
Por meio do planejamento estratégico, o empresário passa a ter a noção plena de como está o desempenho de seu negócio, se ele vem revertendo os lucros esperados, se está competitivo junto ao mercado em que atua, enfim, se está ou não gerando o que era esperado.
A partir disso, também é possível identificar falhas e entraves, planejar soluções e traçar planos para um crescimento sustentável. O processo requer empenho não só do responsável pelo empreendimento, mas de toda a sua equipe.
Esse é, sem dúvidas, um caminho certeiro e necessário para obter o que todos mais esperam de seu próprio negócio: o sucesso. Veja, abaixo, quais são as etapas para a criação de um planejamento estratégico anual:
Quais são os passos para defini-lo?
Diagnóstico de ambiente interno
O primeiro passo para se ter um bom planejamento estratégico é traçar um diagnóstico do ambiente interno, que mostrará a situação atual da empresa. Para tanto, é necessário conceber algumas definições, como:
- o que é o seu negócio;
- quais são seus princípios éticos e filosóficos;
- qual a missão da sua empresa;
- qual sua visão de futuro.
Essas definições envolvem uma pesquisa interna, que vai englobar todos os processos e pessoas que tem alguma relação com a empresa. A partir dela, será possível rastrear potencialidades, falhas, questões referentes à gestão administrativa e financeira, estrutura e práticas funcionais. É, por fim, um mergulho profundo dentro de seu negócio.
Diagnóstico de ambiente externo
O próximo passo é seguir para um diagnóstico do ambiente externo. Nele, estão incluídos todos os agentes e elementos que podem ter impacto sobre o desempenho corporativo, como clientes, concorrentes e fornecedores. Essa mesma análise deve levar em consideração os seguintes itens:
- política;
- economia;
- meio ambiente;
- tecnologia;
- cultura;
- sociedade;
- as leis vigentes no País, Estado e município de atuação, em especial, as que têm relação com o ramo do varejo.
Trata-se, logo, da criação de uma visão macro, que vai ajudar o empreendedor a entender onde seu negócio está inserido e o que pode facilitar ou dificultar seu crescimento.
Estabelecimento de ações e metas
Tendo determinados os ambientes interno e externo de sua empresa, é hora de partir para a definição das ações e metas. Para tanto, é preciso pensar em objetivos a serem alcançados em curto prazo (como em um ano ou dois) e, também, em alvos a serem atingidos em uma projeção mais longa de tempo, como dali a dois anos ou mais.
Esses planos de ação devem ser elaborados em acordo com as metas da organização. Se o objetivo, por exemplo, é aumentar as vendas em 10%, os planos de ação devem ter essa marca como fim, dentro dos períodos predeterminados.
Definição de caminhos
Parte essencial do planejamento estratégico é pensar não só em “aonde se quer chegar”, mas também em “como é possível chegar lá”. Se você tem uma meta X, quais caminhos estão à sua disposição e podem ser utilizados para que isso seja alcançado?
Esse é um momento mais palpável do planejamento estratégico. Muitas vezes, para que ele se concretize, são necessárias medidas como: treinamento e remanejamento de equipe; melhorias na comunicação interna e externa; aquisição de novos equipamentos; reorganização de estoque, entre muitas outras questões.
Seja qual for o caminho, é preciso identificá-lo e, assim, dar um passo adiante rumo à concretização das metas do negócio.
Eleição de responsáveis
Outro item muito importante é a seleção de quem vai se responsabilizar pelo quê. Faz parte do planejamento estratégico haver pessoas dentro da empresa que ficam encarregadas de tarefas específicas, cada uma com o seu prazo para cumpri-la.
Quando se trata de pequenos negócios, sabemos que, muitas vezes, é o próprio dono que precisa se responsabilizar por diversas atividades — principalmente no início, quando uma equipe propriamente dita pode ainda nem existir.
Esse é um passo normal dentro do processo de criação de um negócio, porém, é preciso pensar além. Quando não há mão de obra disponível, é chegada a hora de distribuir tarefas e, assim, deixar todos focados naquilo que entendem melhor.
E isso começa pelo dono do empreendimento, que deve fazer uma autoanálise, mantendo para si as incumbências de áreas sobre as quais tem real domínio e delegando as demais. Assim, torna-se possível criar um fluxo funcional que gera resultados e, ao mesmo tempo, revela talentos.
Padrão de acompanhamento
De nada adianta criar um planejamento estratégico anual, estabelecer metas e planos de ações, escolher funcionários que se responsabilizarão por cada uma delas e estipular datas para que sejam cumpridas se, depois, não for feito um acompanhamento sistêmico das ações.
Esse monitoramento é fundamental, pois justificará a realização do planejamento como um todo. Ele colocará a empresa “nos trilhos”, impedindo-a de cair em uma rotina movida pela urgência e pela realização de atividades que não estejam alinhadas com suas metas, sua missão e seus valores.
O primeiro passo é definir quais indicadores de controle vão nortear esse acompanhamento. Ele se dará pela evolução do volume de vendas? Ou será a partir dos rendimentos mês a mês? Isso precisa estar muito claro no planejamento.
Na sequência, é preciso executar esse monitoramento, verificando se as tarefas estão sendo cumpridas e se os resultados estão sendo obtidos. Muitas vezes, um planejamento que seria anual precisa ser revisto após seis meses, pois alguma situação inesperada ocorreu e causou alterações no cenário.
E não há nada de errado nisso. Errado seria não fazer o acompanhamento sistêmico e, logo, nem perceber a necessidade de ajustes no decorrer das ações previstas em seu planejamento estratégico.
Como vimos, o planejamento estratégico anual é uma tática indispensável para quem tem um negócio no segmento do varejo.
Especialmente quando se trata de pequenos empreendimentos, é preciso que tudo esteja muito bem ajustado, para evitar que a empresa sofra abalos de médio ou até mesmo grande porte, derivados de falhas que poderiam ter sido evitadas.
O planejamento, a estratégia e o controle andam de mãos dadas. O empresário que estiver disposto a incorporar essa relação de fatores certamente será capaz de manter-se ativo e participativo, ainda que diante de um mercado altamente competitivo.
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